Ulysses Melges – fevereiro/1979
Oh! Mãe, um pouco mais, espere,
Deixe para depois, este golpe que nos fere,
Porque muito pedimos ao Senhor.
Para que possamos, conviver por mais um instante,
Em toda vida que juntos vivemos, não foi o bastante,
Porque longo; muito longo foi teu amor.
Não sei, e ainda não posso falar,
De tudo aquilo que vai ficar,
Gravado no coração e na mente.
Do teu materno, afeto e carinho,
Que distribuiu a todos em teu caminho,
Sem exceção, repartindo liberalmente.
A tua imagem, ficará em nossos corações,
Para que nas horas de lazer, e meditações,
Possamos reviver um pouco do passado.
És a vida de nossa vida,
Algo que possuímos de mais querida,
Que dentro de nosso ser ficará guardado.
Sabemos que terá que partir,
E nada mais terá para dividir,
Porque nos deu tudo que possuía.
Amor, carinho e a tua bondade,
Que ficará guardado para a posteridade,
A herança inesquecível, que extasia.
Que Deus a receba, pela tua obra praticada,
Num labor de mãe dedicada,
Que sempre repartiu, do que tinha em tua alma bondosa.
Jamais tivemos carência de tua ajuda,
Porque pressentia na tua mente aguda,
Quando precisávamos, de tua mão carinhosa.
Este poema foi dedicado à minha sogra (Rosalina) uns dias antes dela falecer.