Ulysses Melges – 25/04/1984
As flores me traduzem paz e harmonia,
Enquanto a sutileza me extasia,
Deixando meu espírito vivificante.
Traz a lembrança do passado,
Que está no meu pensamento gravado,
Tudo que ficou distante.
Ao ver a primavera florida,
Recordo de minha querida,
Que ainda vive em minha alma.
As flores me apascentam,
Enquanto as saudades me atormentam,
Procurando roubar-me a calma.
Ao relembrar, sinto um sabor doce, e de fel,
Dos anos felizes de infância, e do momento cruel,
Quando ela partiu, para nunca mais voltar.
Enquanto minha mente ficou a recordar,
Aquela hora que deixou minha alma aturdida.
Mãe, este nome que considero o mais querido,
Porque não pode ser substituído,
Se tornando então imaculado.
A vida de minha vida,
Sobre a terra, a mais querida,
Que em meu pensamento, jamais pode ser apagado.
E estas flores, que me ajuda a recordar,
Justamente a primavera, que ela vivia a cultivar,
Em seu modesto e pequenino jardim.
Onde tudo era tratado com amor,
Com aquele carinho cheio de fervor,
Mas que um dia chegou ao fim.
E hoje de tudo, só me resta a lembrança,
Mas recordar é algo que não me cansa,
Enquanto fico a mirar, a primavera florida.
Ela é a única coisa, que me resta em meu poder,
Que ainda revive todo meu ser,
Por trazer aquela imagem querida.
Neste poema de minha autoria relembro de minha mãe.